Monumento às Bandeiras - 1921 a 1953
Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP, Brasil
 
 
 
 
 

 
 
VICTOR   BRECHERET
 
 
 
Autorização  concedida pela
FUNDAÇÃO ESCULTOR VICTOR BRECHERET 
 
 
 
Victor Brecheret
 
 

Monumento às Bandeiras

1ª Parte
 
 

O escultor Victor Brecheret costumava dizer que o Monumento às Bandeiras, instalado na Praça Armando Salles de Oliveira, no Ibirapuera, era a obra de sua autoria com que mais se identificava.

"Passei quase 30 anos de minha vida me dedicando a ela", afirmava o artista em entrevistas. A idéia da criação do monumento surgiu em 1921, logo após a Primeira Guerra Mundial.

Na época, o jovem e desconhecido escultor contou com o apoio dos modernistas Oswald de Andrade e Di Cavalcanti. 

A obra só começaria a sair do papel em 1936. Até 1953 - quando foi finalmente inaugurada - a finalização do monumento esteve sujeita a situações peculiares das administrações que se sucederam no período. Armando Salles de Oliveira foi o primeiro a tomar providências para a produção da peça, reservando 2.900 contos de réis para a construção.

No entanto, uma semana depois de assinar o contrato com o artista, o político deixou o governo para candidatar-se à Presidência da República. A partir de 1939, as  obras praticamente pararam. Em 1945, o Estado fez um acordo com o então prefeito Prestes Maia:  ele assumiria a responsabilidade pela construção em troca de alguns terrenos do Governo.

O trabalho foi retomado no ano seguinte. Os  240  blocos de granito que formam a obra - com cerca de 50  toneladas cada - foram trazidos de uma pedreira em Mauá. Transportá-los nas estradas de terra foi uma operação difícil.

 

 

 
 
 
 
 
 
Monumento às Bandeiras 
 Vista da parte de trás do Monumento  
 
 
 
 
 
 

 

VICTOR   BRECHERET

 

Monumento às Bandeiras

2ª Parte

 

Símbolos

 

Finalmente, em 25 de janeiro de 1953 - durante as  comemorações do 399º aniversário da cidade -, a obra foi inaugurada. Com 12 metros de altura, 50 de extensão e 15 de largura, representa uma expedição bandeirante subindo um plano, com dois homens a cavalo. Uma das imagens representa o chefe português e a outra, o guia índio.

Atrás deles, há um grupo formado por índios, negros, portugueses e mamelucos, que puxa a canoa das monções, usada pelos bandeirantes nas expedições pelos rios. As raças podem ser identificadas por detalhes nas estátuas: os portugueses apresentam barbas; as figuras nuas, com uma cruz ao pescoço são os índios catequisados.

A obra foi instalada no sentido de entrada dos bandeirantes pelo interior, no eixo sudeste-noroeste. Na frente do monumento, um mapa de Afonso Taunay, esculpido no granito, mostra o roteiro das expedições com os nomes de alguns bandeirantes famosos, entre eles Fernão Dias, Anhangüera, BorbaGato e Raposo Tavares.

Versos dos poetas Guilherme de Almeida e Cassiano Ricardo lembram as bandeiras em placas nas laterais da escultura.

Imagens: Vários  sites da Internet sobre a obra de Brecheret.

 

 

Outras informações sobre a vida de Brecheret e 
sua obra são encontradas no site:
 
                                                                
Página " Arte Viva Brasil ", Seção Especiais,
 Brecheret, Victor
Mostras 1, 2, e 3.
e no site

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos:
 
Fundo Musical:
Tico-Tico no Fubá
 
Música:
Zequinha de Abreu, *1880   +1935
(José Gomes de Abreu)
 
Piano:
Pedrinho Mattar, *1923   +1980
 
 
 
 
Pesquisa, Edição de Texto e Formatação:
Ida Aranha