ÂNGELA GOMES
NAIF  - 2
                  
 
 
 
ÂNGELA GOMES - NAIF
 
O currículo da Artista pode ser visto na Mostra 1.
 
 
Biografia
 
 

Ângela Gomes, expressa na pintura Naif, o seu amor pelo Estado do Espírito Santo.

Desde pequena, já se esforçava para ajudar seus pais no orçamento familiar: vendia flores e verduras colhidas no quintal da casa , e  os crochês e bordados produzidos por sua mãe. Natural de Cachoeiro de Itapemirim-ES, nasceu em 1953, de uma família modesta; é a 2ª entre os três irmãos: Irineu, Ediones e Jackeline...Aos três anos de idade, acompanha os pais Cecílio Mendes de Vasconcellos (Comerciante) e  Deuzelina Zanca de Vasconcellos junto ao  irmão (primogênito), Irineu M.Vasconcellos. Mudaram-se para o pacato bairro de Jardim América-Cariacica-ES e anos depois, vieram para Vila Velha-ES, onde residem até os dias de hoje. 

Ainda menina, certo dia,  foi brincar no quintal da casa, após uma longa noite de tempestade...O vento espalhara a areia, e foi sobre ela, usando um palito de picolé,que começou a dar os seus primeiros traços artísticos :desenhou um carro(fusca) que estava estacionado em frente à  casa. 

A riqueza dos detalhes  a impressionou e aumentava o seu fascínio pelas cores. A arte estava inerente dentro dela e desde cedo sua visão pelo mundo se ampliava de forma festiva, sonhadora e feliz. Já encantava os vizinhos e colegas de escola com suas habilidades artísticas, vivia sempre com lápis de cores, desenhando para a turma da classe estudantil; adorava fazer montagens e colagens com recortes de revistas; estampava tecidos, tudo de forma natural e intuitiva. 

Sua primeira pintura à óleo sobre tela, foi por encomenda de sua tia Sônia Rosalém, na época, com seus nove anos de idade. Despontava para o naif, quando entrou num curso para aprender a técnica de pintar e o conhecimento do material a ser  usado. Produziu várias telas e as guardou junto com o sonho e o desejo artístico. 

Precisava dar continuidade aos estudos e no  trabalho para ajudar seus pais no orçamento familiar. 

1973- Interrompe seus estudos e trabalho para se casar com Darci Gomes, engravidando de Kheytte(33), Kleiverson(31)e  Kene(26). Com seus filhos ainda pequeninos , torna-se autodidata, começa a aventurar-se por caminhos incertos na  arte, aparentemente contraditórios, percorre o espaço que vai da paisagem clássica, às tendências surrealistas e abstracionistas. Em 1981- realiza sua primeira individual, no espaço alternativo de Artes, na Escelsa, na Praça Costa Pereira, centro de Vitória-ES, familiares, amigos e vizinhos foram convidados e ninguém compareceu lá, além dela, Kene,( ainda em seu ventre ) e o fotógrafo contratado. 

Mas o que era para ser motivo de desistência transformou-se em incentivo para continuar, lutar e vencer; a falta do apoio familiar, o preconceito social e o descrédito profissional, continuaram até se definir por volta de 1987, pela pintura naif, após rápida convivência com pintores do gênero, em S.Paulo. Esse trajeto constituiu-se na verdade, o seu aprendizado solitário de autodidata, obstinada e curiosa. Foi um processo de investigação inquieta, remoendo dúvidas e incertezas, enquanto não se definia na descoberta mágica da expressão artística. 

No inicio de seu aprendizado foi influenciada por Celina Rodrigues, de quem confessa ser grande admiradora e te-la como Mãe Artística. Viajaram muito pelo interior do do Estado do ES, retratando in loco as belas paisagens capixaba. 

Mas sentiu, rapidamente que se procurar é preciso, encontrar é imprescindível. Mudou seu procedimento com a descoberta da pintura ingênua, permaneceu com a mesma fascinação pelas paisagens regionais e pelas cenas que expressam a arte e a tradição popular – o povo, seus usos e costumes. Começa a buscar elementos para abastecer seu universo iconográfico, através de pesquisa junto à comunidade. 

Suas pinturas são o resultado de coisas vistas e sentidas, uma vez que tudo é transmutado pela natureza de seu sonho otimista, usa cores puras e variadas, detentora de uma técnica apurada e segurança suficiente para tratar com o mesmo preciosismo, todas as áreas do quadro, no que tange a composição de detalhes. Suas telas são de uma limpeza e clareza que chegam a sugerir ao observador, que foram lavadas após o término. 

É bastante audaciosa no emprego das cores. A vontade e a abnegação apaixonada com que se dedica à pintura, estampa- se na sua imensa produção e a coloca como verdadeira operária da Arte. Ângela Gomes é séria e alegre, a arte constitui mais que um prazer, uma nescessidade vital, um ato de fé e diz...

 

Minha Vitória é do Espírito Santo.

Vitória é a cidade que a recebeu e a projetou como artista.

Espírito Santo é  o estado que fomenta sua criação.

Vitória é a vitória de suas lutas cotidianas.

Espírito Santo,  pessoa da Santíssima Trindade, que através de

Jesus Cristo, é a fonte Divina de sua Inspiração.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Convento do Carmo - Vitória - ES
 
Festa no Seringal
 
Palácio Anchieta - Vitória - ES
 
Mont Saint Michel - França
 
Pedra da Cebola - Vitória - ES
 
Piazza di Spagna - Roma - Itália
 
 
Santa Ceia do Senhor
 
 
 
Fundo Musical:
 
Coisa Bonita
Roberto Carlos
 
 
Plano de Fundo:
 
Naif - Convento da Penha 1
 
 
Formatação:
 
Mario Capelluto
 
 
Realização:
 
Saber Cultural