Lucas Cabral
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Dom
Quixote |
Artista Plástico Lucas Cabral
Dom Quixote e os
Pintores
Não há quem
após a leitura do livro de Cervantes sobre Dom Quixote de La Mancha não se
sinta impulsionado pelo desejo de escrever algumas linhas, seja escritor
ou tão-somente um pintor autodidata que gosta e ama o ato
de pintar. Mas o que tem de correlação as estórias desse cavaleiro
andante com os pintores?
Não há outra, por certo, senão a obsessão da “procura” de ambos. Dom Quixote era um sonhador, um aventureiro humano dividido entre o sonho e a realidade, que teimava em lutar contra forças diversas e poderosas. O pintor também é um sonhador que procura a forma dentro da criatividade, tornando infalível a arte de pintar. Desde o primeiro grito do homem das cavernas, a humanidade sempre teve necessidade de se expressar e comunicar. Suplantando essa fase gutural, o entendimento se processou através dos gestos e dos desenhos nas pedras, os quais se fazem presentes até hoje, nas grutas de Altamira. As fantasias de Dom Quixote são também divagações dos pintores, e através delas se consolida a eterna procura, o sonho de criar e construir a forma. Quantos artistas sonhadores encontrei nos fins de semana, nas praças públicas, com o objetivo de propagar e levar às pessoas o estímulo pela arte e pela cultura. Quantos pintores Dom Quixote conheci por todos estes anos de existência no meio artístico. Ainda hoje convivo com alguns artistas que manifestam os seus sonhos e suas lutas em prol da arte. Algumas delas tão desiguais (assim como as de Dom Quixote) que perecem ante forças aviltantes, consumindo o artista e transformando-o em Dom Quixote lutando contra os moinhos da vida. Poderia estender-me sobre os devaneios de artistas famosos como Da Vinci, Michelangelo, passando pelos impressionistas Manet, Monet, Van Gogh, os contemporâneos como Picasso e outros, os brasileiros Di Cavalcanti, Newton Mesquita e os que conheci pessoalmente, tais como: W. Salgado, Nilton Bravo, Oscar Tecídio (estes três em saudosa memória). Há também aqueles do meu convívio diário, com os quais tenho a honra e o privilégio de partilhar a vivência de muitas estórias em prol da arte e do desenvolvimento da pintura e escultura, todas elas com sabor de eternidade. É por essa razão que, com muito orgulho, cito alguns colegas: Ney Tecídio (pintor), Mandarino (escultor), Thier’s Filhagossa (pintor), José Macieira (pintor), cada um deles com suas estórias de aventuras, sonhadoras e eivadas de sacrifícios e dedicação em benefício da arte de pintar e esculpir. Dom Quixote é o nosso exemplo, e como ele continuaremos a sonhar e lutar contra os ventos, os moinhos e os dragões da arte, com o objetivo de criar e evidenciar o belo. E por fim, cabe a pergunta: O que é pintor? Ele é, tem sido e será sempre um sonhador e eterno andante como o seu símbolo: Dom Quixote
de La Mancha.
Texto publicado na Revista Justiça &
Cidadania
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Paisagem |
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O Vaso
Azul |
Moura
Morta- Portugal
2 |
Flores
Amarelas |
A Menina
e o Laço
Vermelho |
Fundo
Musical
That Old
Feeling
Autores
Letra:
Louis
Brownstein
(Lew
Brown)
Odessa, Império
Russo- 10/12/1893
New York, NY-USA- 5/2/1958
Música:
Samuel E.
Feinberg
( Sammy
Fain)
New York, NY- USA- 17/6/1902
Los Angeles,
Califórnia- EUA- 6/12/1989
Intérprete
Diana Jean
Krall
Nanaimo, Canadá-
16/11/1964
Produção: Mario
Capelluto
Formatação:
Sandra Ziccardi
Agosto_2010 |