O LADO ESCURO DA
VELA
FULIGEM, MATERIAL RESULTANTE DA QUEIMA DA
VELA, REJEITO DESCARTÁVEL, SUJEIRA. OU ARTE. NAS MÃOS DE VANDER
PINTO A FULIGEM CRESCE EM STATUS, ASSUME OUTRO PAPEL, CRESCE EM
IMPORTÂNCIA. VANDER PINTO PROVA QUE TUDO PODE SER APROVEITADO EM
PROL DA ARTE.
USANDO UM SUPORTE COMUM, A TELA, VANDER PINTO
LEVA O ESPECTADOR POR CAMINHOS REPLETOS DE SIMBOLOGIAS. UM EXTENSO
UNIVERSO A SER DESVENDADO, INTERPRETADO.
A FORÇA DE SEU TRABALHO FAZ COM QUE O
ESPECTADOR SE APARTE DO MATERIAL E INTEGRE COM A MENSAGEM. EM
MOMENTO ALGUM SE NOTA QUE É FULIGEM. E, CASO SE NOTE, A SURPRESA, A
INCREDULIDADE FAZEM COM QUE MAIOR VALOR SEJA ATRIBUÍDO À
OBRA.
AS TELAS DE VANDER PINTO SÃO LITERALMENTE
QUEIMADAS. E SOBRE ESSA QUEIMA NADA MAIS É ACRESCENTADO. O QUE
CERTAMENTE OCORRE POR VÁRIOS MOTIVOS. O PRINCIPAL É: NÃO HÁ
NECESSIDADE.
FORA DAS TELAS VANDER PINTO
BRINCA – NO SENTIDO SÉRIO DO TERMO – COM OUTROS SUPORTES. QUAIS SÃO,
QUAIS SERÃO, ACREDITA-SE QUE NEM MESMO ELE SABE. O ACASO, AS
OPORTUNIDADES, DIRÃO QUAIS SERÃO.
DEZ.2007
ROBERTO RODRIGUES