ALESSANDRO ALGARDI

(1595-1654)

VIDA E OBRA

Arquiteto e escultor italiano, nasceu em Bolonha e morreu em Roma. Discípulo de Luigi Carracci, tornou-se rival de Bernini no campo da escultura. Destaca-se sua estátua sentada de Inocêncio X (1645), hoje no Palazzo del Conservatori.

Praticou um barroquismo moderado. Suas obras principais são o túmulo de Leão I (1642-1644; San Pietro, no Vaticano), com o colossal baixo-relevo em mármore representando o encontro de Átila e São Leão, e o busto de Urbano VIII (Louvre). Foi responsável também pela construção e decoração da Villa Doria Pamphili e de Cortile di San Damaso no Vaticano.

Fonte: Enciclopédia Mirador Internacional, Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda., São Paulo, Rio de Janeiro, volume 12, página 6.342.

O advento do pontificado de Inocêncio X (1644) durante o qual Bernini - pelo menos inicialmente - caiu em desgraça, marcou o apogeu da fortuna para outro grande escultor, Alessandro Algardi.

Um dos maiores escultores, desenhistas e arquitetos romanos, Algardi nasceu em Bolonha em 27 de novembro de 1595 e morreu em Roma em 10 de junho de 1654.

As fontes divergem no que concerne à data do seu nascimento, havendo registros de que nasceu em 31 de julho de 1598, ou até mesmo em 1602.

Na verdade, o mundo artístico daqueles anos era dividido entre o Barroco e o Classicismo, ou seja, entre a paixão e animação de Bernini, e a serenidade e o rigor de Algardi.

Como representante de um tipo de classicismo que reagia ao expressivo estilo do Barroco, Algardi se deixou influenciar grandemente pela Arte da Antiguidade, como se nota pela qualidade de sua escultura.

Deve-se registrar que Algardi era também um retratista excelente, e a sua obra-prima nesse campo é o busto de Olimpia Maidalchini (Rome, Bourgeois Gallery), a poderosa cunhada de Inocêncio X, notando-se, sobremaneira, o grande véu arqueado compondo aquela face de matrona romana com uma expressiva face autoritária.

Em 1622 Algardi foi para Mântua, onde o Duque Ferdinando Gonzaga mantinha uma coleção de escultura clássica, que lhe serviu de inspiração para a obra futura.

Após breve estada em Veneza, o escultor transferiu-se para Roma em 1625, onde se dedicou inicialmente ao restauro de estatuária antiga.

Em Roma, Algardi fez amizade com o famoso pintor Domenichino, seu conterrâneo, que, segundo o abade Bellori, seu biógrafo, "não somente o instruiu em particularidades da Arte", mas fez-lhe uma proposta para duas estátuas: a de Madalena e a de San Giovanni Evangelista para os nichos da Capela Bandini, em San Silvestro al Quirinale (1628-29).

Foi talvez o exemplo desse trabalho, além da estatuária helenística, que resultou na distância de Algardi do "chiaroscuro" de Bernini, para iniciá-lo naquela luz difusa que perpassa nas suas esculturas.

Em 1634, tinham sido encomendados a Algardi o Túmulo do Papa Leão XI, inaugurado em São Pedro em 1652, obra que conta com os ornamentos das estátuas da Prudência e da Caridade, e é apreciado sobretudo pelo elegante baixo-relevo do sarcófago.

Algardi tornou-se conhecido por suas obras primorosas, entre as quais citam-se o monumento ao Papa Leão XI; a estátua de bronze de Inocêncio X, no Palazzo dei Conservatori; a estátua de São Filipe Neri com o Anjo; as figuras da Fonte de Netuno, e a tumba do Conde e da Condessa de Monterrey.

Em 1653 finalizou uma obra notável para o altar do papa Leão I na Basílica de São Pedro, em Roma, que representa o enfrentamento de Leão I com Átila, rei dos Hunos.

Conhecido principalmente como o rival de Bernini, Alessandro Algardi não viveu como luz refletida, mas sempre mostrou sua individualidade autônoma e forte, o que o levou a ser idolatrado pelos estudiosos de sua época e admirado pela aristocracia romana, que encontrou no seu estilo a melhor maneira de expressar a sua dignidade e nobreza.

Fonte: compilação e edição de vários sites da Internet.

Fundo Musical

Oboé Concerto in D Minor

Johann Sebastián Bach, 1685-1750

Produção e Formatação:

Mario Capelluto e Ida Aranha

mario.capelluto@globo.com

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