Retrato feito por J. Auguste Dominique Ingres, em 1806.

 

 

 

 

 

Escultor e desenhista italiano, Lorenzo Bartolini nasceu em Savignamo di Prato em 1777 e morreu em Florença em 1850, tendo sido um dos escultores de mentalidade mais independente da Itália na geração depois de Antonio Canova. Seus primeiros trabalhos são no estilo neoclássico, predominante em toda a Europa na virada do século. Quanto esteve em Paris no estúdio de Jacques-Louis David, Bartolini interessou-se pela Arte do "Quattrocento", um interesse confirmado quando se estabeleceu em Florença depois de 1815. Seus últimos trabalhos, particularmente em retratos, combinam elementos do Neoclássico e da Neo-Renascença com uma forte pendência para o naturalismo.

Depois de estudar na Academia florentina, aprimorando suas habilidades de modelador em alabastro,  ele foi para Paris, onde estudou pintura sob a orientação de Frédéric Desmarais e depois escultura com François-Frédéric Lemot. O baixo-relevo "Cleobis e Biton", com que ele ganhou o segundo prêmio da Academia em 1803, imediatamente confirmou a sua fama como escultor, o que lhe propiciou a ajuda de vários patronos influentes. O seu baixo-relevo da "Batalha de Austerlitz" estava entre aqueles executados para a coluna erguida na Place Vendôme. Bartolini também realizou muitas peças menores para Vivan-Denon, além de bustos dos compositores de ópera Méhul e Cherubini. Contudo, seu grande patrono era Napoleão, para quem ele esculpiu um busto colossal, e que o enviou, em 1807, para dirigir a Academia de Carrara, na Itália. Com a queda de Napoleão, retirou-se para Florença, onde executou monumentos e retratos.   
 
Em Florença, sua associação com o Bonapartismo e seu afastamento do classicismo rígido de Canova, que era ensinado na Academia, limitou suas oportunidades.  Na década em que Bartolini enfrentou uma época de um certo ostracismo local, encomendas expressivas foram feitas por estrangeiros. O monumento funerário para a Princesa Sofia Zamoyski Czartoriski, (morreu em 1837), em Santa Croce,  Abadia de Westminster de Florença, é uma declaração anti-clássica para o naturalismo.

Em 1830, os filhos do  príncipe russo Nicola Demidoff, que tinha se estabelecido em Florença, fizeram uma encomenda excelente para esculpir um monumento que ainda pode ser visto na Piazza Demidoff , em Florença. As encomendas das múltiplos peças aconteceram durante as últimas décadas de Bartolini e foram completadas por seu assistente Pasquale Romanelli.