Claus Sluter, nasceu em Haarlem, nos Países Baixos, c. 1340, e morreu em Dijon em 1405 ou 1406. Sua obra se inscreve dentro do estilo gótico, ao qual soube dotar de uma monumentalidade e de um naturalismo que conduzem praticamente às portas do Renascimento. É considerado, por isso, o principal escultor da escola franco-flamenga do norte da Europa no final do século XIV.

Em 1379 sua presença está documentada em Bruxelas, porém pode-se dizer que sua carreira como escultor começou em 1385, quando entrou a serviço de Felipe, O Atrevido, duque de Borgonha. Este havia fundado um monastério cartuxo em Champmol, perto de Dijon, que centralizava, então, um ambiente artístico de primeira ordem. Sluter ingressou no ateliê de escultura dos cartuxos e não demorou a assumir a dianteira de toda a decoração escultórica do edifício religioso, a que  dedicou o  resto de sua vida.

Esculpiu em primeiro lugar as imagens para a entrada da igreja. A seguir  ocupou-se de uma fonte, de que só se conserva intacto um pilar hexagonal com seis figuras de profetas, conhecida  como "Poço de Moisés"; a força física destas figuras e sua individualização é maior do que as das estátuas da frente da igreja. A fonte era arrematada por um "Calvário", de que restam, entre outros fragmentos, o torso e a cabeça de Jesus Cristo, esta última com uma intensidade sem precedentes na expressão de sentimento de dor, motivo por que é considerada como a obra prima do escultor.

Sua última obra foi o sepulcro de Felipe, O Atrevido, que não conseguiu concluir. A maior parte da sepultura foi realizada por seu sobrinho, Claus de Werve. A Sluter se devem as imagens das mulheres chorando, que impressionam por sua solenidade e pela força expressiva das pregas das túnicas, uma faceta singular do seu estilo. Sua obra exerceu uma enorme influência também na pintura, e as imagens de mulheres chorando foram adotadas, a partir de então, por outros artistas em inúmeros monumentos funerários.

Fontes:

http://www.biografica.info/biografia-de-sluter-claus-2281