Nana Caymmi,
1941
Filha de Dorival
Caymmi e Stella Maris, irmã de Danilo e Dori Caymmi, cresceu
numa das famílias mais musicais do Brasil. Começou a cantar
ainda muito jovem, adotando desde cedo uma técnica
particular para valorizar seu timbre grave. Em 1961 fez uma
participação cantando "Acalanto", do pai, e logo em seguida
mudou-se com o marido para a Venezuela, passando alguns anos
afastada do meio artístico.
De volta ao Brasil, lançou
seu primeiro disco, "Nana", pelo selo Elenco do produtor
Aloysio de Oliveira, e participou do I Festival Internacional
da Canção, obtendo o primeiro lugar em 1966 com "Saveiros"
(Dori Caymmi/ Nelson Motta). No exterior, trabalhou com Sarah
Vaughan e Sergio Mendes. Nos anos 70 e 80 gravou discos solo,
como "Chora Brasileira" (1985) e em parceira com outros
músicos, como "Voz e Suor" (1983), ao lado de César Camargo
Mariano.
Uma das intérpretes mais expressivas e
requisitadas na música brasileira, festejada pela sofisticação
de suas interpretações, teve músicas compostas especialmente
para ela. Nos anos 90 chegou à lista dos mais vendidos,
dedicando-se ao repertório de músicas românticas e boleros,
sendo "A Noite do Meu Bem" (1994) e "Resposta ao Tempo" (1998)
dois de seus discos mais vendidos. A faixa "Resposta ao Tempo"
(Cristóvão Bastos/ Aldir Blanc) foi incluída com êxito na
minissérie "Hilda Furacão", da TV Globo. Produzido por José
Milton, Nana Caymmi lança “Desejo”, seu álbum de estréia na
gravadora Universal. A cantora conta com participações pra lá
de especiais neste disco, como o dueto com Zeca Pagodinho na
faixa "Vou Ver Juliana", as sobrinhas Alice (em “Seus Olhos”)
e Juliana (que compôs a faixa que leva o seu nome) e Ivan
Lins. Outro destaque é "Letras do Silêncio", de Marcos Valle e
Erasmo Carlos.
Em 2003, lança “Duetos”, um álbum que
traz uma seleção de canções, em parceria com nomes consagrados
da MPB. Como: Emílio Santiago (“Doralinda”), Herbert Vianna
(“Hoje Canções”), Agnaldo Timóteo (“Canção de Ninar Neném”) e
Beth Carvalho (“As Rosas Não Falam”), entre outros parceiros.
Depois de “Duetos”, Nana dá uma pausa para projetos com a
família Caymmi.
Em 2004, junto aos irmãos Danilo e
Dori, lança “Para Caymmi, de Nana, Dori e Danilo: 90 anos”, em
comemoração aos 90 anos de seu pai, Dorival Caymmi. Neste
mesmo ano, o CD dá origem a um DVD homônimo. Em “Até
Pensei...”, de 2005, a cantora traz seus grandes sucessos com
um repertório de músicas românticas e boleros. O álbum
apresenta 14 canções, sendo que uma delas, a faixa-título “Até
pensei” integra a trilha sonora da novela “América”.
Fonte:
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Erasmo Carlos,
1941
Parceiro cativo de Roberto Carlos (praticamente todas as
músicas que lançam são assinadas em dupla) e um dos grandes
roqueiros brasileiros, o carioca Erasmo Carlos começou carreira
musical em 1958 cantando no grupo The Sputniks, do qual ainda faziam
parte Roberto, Tim Maia, Arlênio Lívio, Edson Trindade e China,
todos integrantes da turma roqueira da Rua do Matoso, no bairro da
Tijuca.
Sem Tim, os Sputniks viraram The Snakes – mais tarde,
perderiam Roberto também. O resultado é que, em 1962, Erasmo estaria
cantando no grupo Renato e Seus Blue Caps, com quem gravou LP
homônimo.
Seu primeiro grande sucesso viria em 1964, já em carreira
solo: "Festa de Arromba", composta em parceria com Roberto. No ano
seguinte, Erasmo, seu parceiro e a cantora Wanderléa foram
convidados para apresentarem o programa de auditório da TV Record
Jovem Guarda, catalizador de toda aquela música jovem que estava
sendo feita no Brasil.
Rebatizado de "O Tremendão", Erasmo iniciou uma longa
fileira de sucessos: "Você Me Acende", "Gatinha Manhosa", "Terror
dos Namorados", "Vou Ficar Nu Para Chamar Sua Atenção", "Minha Fama
de Mau", "Estou Dez Anos Atrasado", "Vem Quente Que Estou Fervendo",
"Coqueiro Verde", "Sentado à Beira do Caminho", entre outros. Ator
nos filmes "Roberto Carlos e o Diamante Cor de Rosa", "A 300 km por
hora" e "Os Machões", ele gravou nos anos 70 importantes LPs, como
"Sonhos e Memórias – 1941-1972" (das músicas "Mané João" e "Mundo
Cão") e "1990 – Projeto Salvaterra", dos hits "Sou uma Criança, Não
Entendo Nada" e "Cachaça Mecânica" (de surpreendente êxito no
mercado holandês).
Voltaria ao sucesso esporadicamente nos anos 80, com as
músicas "Mulher" (parceria com a mulher, Narinha), "Mesmo Que Seja
Eu", "Pega na Mentira" e "Close". No final dos anos oitenta, Erasmo
regravou sua "A Carta" em dueto com Renato Russo, da Legião Urbana.
Em 1997, foi homenageado junto com Roberto Carlos pelo conjunto da
obra, no XVII Prêmio Shell para a Música
Brasileira.
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