TOSCA

GIACOMO   PUCCINI

 

 

Cartaz   da Ópera "Tosca" de Puccini

 

Antecedentes:

A ação da ópera situa-se precisamente um século antes, no verão de 1800, quando, logo a seguir à queda da República Romana, a Rainha Maria Carolina, mulher de Fernando IV, Rei de Nápoles, se instala em Roma incumbindo o Barão Scarpia de criar uma Polícia Secreta para assegurar a restauração da Monarquia.

 


Tosca é uma ópera  em três atos, de Giacomo Puccini, com libreto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa, baseado na peça do mesmo nome de Victorien Sardou. Estreou no Teatro Costanzi de Roma, a 14 de janeiro de 1900.

 

O Teatro Costanzi foi inaugurado em novembro de 1880.
Em novembro de 1926 esse teatro foi comprado pelo Município de Roma e o seu nome alterado para Teatro Realle dell'Opera.   

PERSONAGENS

Floria Tosca (célebre cantora de ópera) soprano
Mário Cavaradossi (pintor, amante de Floria Tosca) tenor
Cesare Angelotti (ex-cônsul, prisioneiro político) barítono
Barão Scarpia (chefe da polícia de Roma) barítono
Spoletta (agente da polícia) tenor
Sciarrone, sargento da polícia baixo
Um sacristão baixo
Um carcereiro baixo
Um pastor contralto

 

 
 
 
ENREDO
 

Igreja de Sant'Andrea della Valle, Roma

 

PRIMEIRO ATO
 
Igreja de Santo André
 
 
 O ex-cônsul  Angelotti  vem esconder-se depois de se ter evadido da Prisão de Sant’Angelo. O pintor Mario Cavaradossi chega para retomar o trabalho num quadro que representa Santa Maria Madalena, para o qual se inspirara na figura da irmã do ex-cônsul. Ao descobrir o fugitivo,  Cavaradossi oferece-lhe comida e auxílio, mas o diálogo é interrompido pela chegada intempestiva da cantora  Floria Tosca, amante do pintor, que o acusa de a trair com a mulher que reconhece no retrato e que acredita encontrar-se com ele ali.
 
Depois de apaziguada a fúria com as juras apaixonadas do pintor, a cantora parte e o ex-cônsul deixa o esconderijo e combina com  Cavaradossi refugiar-se na sua casa, para onde deverá dirigir-se disfarçado de mulher. Nesse instante ouvem-se tiros dos canhões da Prisão de Sant’Angelo que indicam ter sido descoberta a evasão. Angelotti e Cavaradossi  saem apressados, e quando o Barão Scarpia chega à igreja em busca do fugitivo encontra apenas o Sacristão,, os Monges e o Coro, que exprimem o seu júbilo pela recente derrota das tropas napoleônicas. Mas o fugitivo deixara pistas: a porta da capela está aberta, o pintor, conhecido pelas suas ideias republicanas, está ausente, e o cesto da sua merenda está vazio.
 
Tosca regressa à procura do amante e encontra o Barão Scarpia . O Barão tem pretensões ao amor da cantora e decide atiçar a sua raiva e ciúmes mostrando-lhe um leque que diz ter encontrado ali, no local onde o pintor trabalha, sugerindo encontros furtivos entre Cavaradossi  e a irmã do ex-cônsul. Tosca deixa a igreja desesperada.

 
 
 
 
 
 
 
SEGUNDO ATO
 
Apartamento do Barão Scarpia 
 
 
O Barão janta enquanto espera a chegada dos dois revolucionários que mandara prender por guardas que tinham seguido Tosca até à casa do pintor. Só que tinham encontrado apenas  Cavaradossi,  já que o ex-cônsul se escondera. Os guardas trazem o pintor à presença do Barão. Logo a seguir chega Tosca, que fica surpreendida com o que está acontecendo.
 
O Barão diz que Cavaradossi  é cúmplice na fuga do ex-cônsul, que  está escondido em sua casa, ordenando aos guardas que o façam falar. Só que, mesmo sob tortura, o pintor não fala, e o esconderijo de  Angelotti  acaba por ser revelado por Floria Tosca,  que não consegue suportar os gritos de Cavaradossi,  que contra ela se enfurece acusando-a de traição.
 
Nesse momento chega a notícia da vitória de Napoleão, e é por entre exclamações de alegria por esse avanço das forças republicanas que o pintor é levado para a Prisão de Sant’Angelo enquanto Scarpia ordena o seu fuzilamento. Tosca  implora-lhe o perdão para o amante, e Scarpia  diz que  Cavaradossi  poderá partir se ela ceder aos seus desejos – esse é o preço.  Tosca  revolta-se, mas acaba por dizer que aceitará a troca desde que, além da liberdade, lhe seja também entregue um salvo-conduto para que ela e o pintor possam abandonar o país. O Barão dá então ordem para que o fuzilamento seja fictício, acentuando que deve ser tão fictício quanto o fuzilamento do Conde Palmieri. Tosca não sabe, mas o Conde Palmieri fora realmente fuzilado, e a ordem do Barão é apenas confirmação do fuzilamento de Cavaradossi. Scarpia assina o salvo-conduto e quando se aproxima de Tosca para a abraçar, ela mata-o com uma faca. A cantora pega no salvo-conduto e parte para a Prisão de Sant’Angelo onde, acredita, irá libertar seu amante.

 
 
 

 

TERCEIRO ATO

Prisão de Sant’Angelo

 

Cavaradossi  aguarda o fuzilamento. Tosca chega com a notícia da morte do Barão Scarpia e diz que conseguira que ele desse ordem para que o fuzilamento fosse simulado. Mostra também o salvo-conduto que lhes irá permitir a fuga para o estrangeiro.

 Chegada a hora da execução o pintor enfrenta o pelotão de fuzilamento. Só que os disparos são reais e  Cavaradossi  cai morto. Julgando que ele está a simular, Tosca tenta fazê-lo levantar-se, até que compreende aquilo que realmente aconteceu. Gritando vingança, e marcando um encontro com Scarpia  diante de Deus, Tosca atira-se do alto das muralhas quando chega a Polícia para a prender.

 

 

 

 


 
Luciano Pavarotti (1935-2007)
 
 
 
E   LUCEVAN   LE   STELLE
 
 

E lucevan le stelle ("E reluziam as estrelas", em português) é uma ária do terceiro ato da ópera Tosca, de Giacomo Puccini.  A ária é cantada pelo personagem  Mario Cavaradossi, enquanto aguarda sua execução.

 

Intérprete:
Luciano Pavarotti
 
 
 
 
E lucevan le stelle...
ed olezzava la terra...
stridea l'uscio dell'orto...
e un passo sfiorava la rena...
Entrava ella, fragrante,
mi cadea fra le braccia...
Oh! dolci baci, o languide carezze,
mentr'io fremente
le belle forme disciogliea dai veli!
Svanì per sempre
il sogno mio d'amore...
L'ora è fuggita...
E muoio disperato!
E muoio disperato!
E non ho amato mai tanto la vita!...
tanto la vita!
 
 
 
 

 

 

 GIACOMO   PUCCINI

 

 

Compositor italiano, Giacomo Puccini nasceu em Lucca a 22 de dezembro de 1858 e morreu em Bruxelas a 29 de novembro de 1924; descendente de uma família de tradição musical: seu pai, seu avô, seu bisavô e seu tetravô ocuparam o cargo de maestro di cappella na catedral de San Martino, em Lucca.

Em 1880, graças a uma bolsa de estudos, pode ingressar no Conservatório de Milão, onde permaneceu três anos e teve como principais instrutores musicais Antonio Bazzini e Amilcare Ponchielli, o compositor de La Gioconda. Desde 1876, quando assistiu a uma representação da Aida, de Verdi, em Pisa, decidiu-se pela música operística.

A partir de 1883, quando terminou o curso no Conservatório, e até o fim da vida, compôs óperas que conheceram êxito fulminante, tornando-o o mais popular compositor italiano do século XX.

 

 

 

 
 
 
 
 
 
Créditos
Fontes:
 
Enclopédia Mirador Internacional, São Paulo, SP, Vol.17, pág. 9.459

 

 

 
Pesquisa, edição de texto e formatação:
Ida Aranha