"O Lavrador de Café"
Há uma discrepância na datação de O
Lavrador de Café, de Candido Portinari (1903-1962): segundo a ficha
técnica do Masp, ela é de 1939, enquanto no site do Projeto Portinari, que
tem à frente o professor João Candido Portinari, filho do artista, a obra
seria de 1934. A temática social foi uma das mais recorrentes em
Portinari. Só sobre o café, o pintor realizou 56 obras, de acordo com o
Projeto Portinari.
"O Lavrador de Café", pintura que mede 1
metro por 80 centímetros e retrata um trabalhador negro em uma fazenda de
café do início do século 20, está entre as obras mais conhecidas do
artista e é importante representação desse interesse de Portinari pela
temática nacional.
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Cândido Portinari
Auto-retrato
Biografia cronológiica
1903 - 29 de dezembro: filho de Giovan Battista Portinari e
de Domenica di Bassano,
italianos, nasce em Brodósqui, Estado de São Paulo, Câncido
Portinari.
1918 - matricula-se na Escola de Belas Artes no
Rio.
1921 - primeira tela vendida: "Baile na
Roça".
1922 - expõe no Salão da Escola de Belas
Artes.
1923 - recebe medalha de bronze no Salão da Escola de Belas
Artes.
1928 - retrata o poeta Olegário Mariano e ganha o Prêmio
Viagem para o Exterior;
visita
a Itália, estabelece-se em Paris; casa-se com Maria
Martinelli.
1930 - volta ao Rio de Janeiro; começa seu período
criativo.
1931 - Lúcio Costa, diretor da Academia Nacional de
Belas-Artes,
convida-o a
participar do salão.
1932 - exposição individual no Palace Hotel, no
Rio.
1935 - fase marrom; temas: trabalho de campo e
reminiscências infantis.
1938 - o Museu de Arte Moderna de Nova York adquire sua
tela "O Morro".
1939 - cria três painéis para o pavilhão brasileiro na
Feira Mundial de Nova York;
nasce-lhe
o filho, João Cândido.
1940 - expões individualmente no Museu de Arte Moderna de
Nova York.
1942 - é convidado para pintar os afrescos da Biblioteca do
Congresso, em Washington,
Estados Unidos.
1943 - ensina pintura na Universidade do Distrito Federal,
por pouco tempo.
1946 - exibe em Paris; o Museu de Arte Moderna de Paris
adquire uma tela da série
"Retirantes"; recebe a Legião de Honra do Governo
francês.
1947 - pinta o painel "A Primeira Missa no Brasil", para o
Banco Boavista no
Rio de
Janeiro, e "Tiradentes", para o Colégio de Cataguases, Minas
Gerais.
1950 - representa o Brasil na Bienal de
Beneza.
1952 - começa o estudo para os painéis "Guerra e Paz", que
serão terminados em 1956.
1953 - pinta a "Via-Crucis" para a Igreja de Batatais;
expõe em sala especial da
III Bienal
de São Paulo.
1956 - expõe em Telavive e Haifa, Israel; pinta vários
aspectos da vida do povo
israelense; inauguram-se os painéis "Guerra e Paz' na ONU;
recebe o
Prêmio Guggenheim em Nova York; expõe em Paris e
Munique.
1958 - expõe os desenhos sobre Israel em Bolonha, Lima e
Buenos Aires;
recebe o
Prêmio Ciudad de México na Primeira Bienal Interamericana;
participa
da exposição "50 Anos de Arte Moderna", em Bruxelas.
1960 - expõe em Praga, Tchecoslováquia; nasce no Rio de
Janeiro sua neta, Denise.
1962 - 6 de fevereiro: morre no Rio de
Janeiro.
Fonte: Gênios da Pintura, Abril Cultural, São Paulo,
SP
Museu Casa de Portinari
Brodósqui - São Paulo
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Fundo Musical:
Aquarela do Brasil
Ari
Barroso, *1903 +1964
Pesquisa e Formatação:
Ida Aranha
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