Gustave Caillebotte - self-portrait - 1889

Gustave Caillebotte nasceu em 1848 numa família rica que construiu seu patrimônio em têxteis e imóveis durante o desenvolvimento havido em Paris na década de 1860. Em 1875, com a intenção de se fazer conhecido no meio artístico, ele apresentou um quadro ao júri do "Salon", que o rejeitou. Esse trabalho foi, provavelmente, "Floorscrapers", que Caillebotte decidiu, então, apresentar num ambiente mais hospitaleiro, o da segunda exibição do grupo Impressionista de 1876. Seu trabalho, aclamado com entusiasmo, roubou a cena e ajudou-o a fazer uma segunda exposição, com um sucesso muito maior que a primeira. Rico e generoso, Caillebotte apoiava financeiramente seus amigos Impressionistas, comprando seus trabalhos a preços inflacionados e assumindo muitas despesas que ocorriam por ocasião das exposições.

Caillebotte era um pintor de grande originalidade. Do mesmo modo que os Impressionistas, Caillebotte buscava uma visão momentânea, que memorizava com riqueza de detalhes. Callebotte, além disso, tentava retratar o ritmo de uma sociedade industrial com suas imagens bem-proporcionadas e a precisão cronométrica de Paris. Neste aspecto, era muito parecido com os Realistas.

Em 1876 Caillebotte fez um testamento provendo recursos para uma exposição Impressionista a ser realizada depois da sua morte e legando essas pinturas Impressionistas ao Estado. A doação era feita com a condição de que deveriam primeiro ser exibidas no Luxemburgo (o museu dedicado à obra dos artistas vivos) e, mais tarde, no Louvre.

Caillebotte considerava que o Estado não devia esconder as pinturas num sótão distante ou num museu provinciano. Seu irmão Martial, junto com Renoir, eram os testamenteiros encarregados da tarefa de assegurar que as determinações do seu testamento fossem cumpridas. Gustave Callebotte morreu em 1894.