PAUL CÉZANNE

Notas biográficas (continuação)

Em 1898, após o falecimento dos pais, Cézanne instala-se numa pequena casa em Aix, onde vive solitário com uma velha governanta. Sua arte atinge o auge da depuração nas vistas de "L'Estaque" (1885-1905; Musée du Louvre, Paris) e nas paisagens "Le Grand Pin" ("O Grande Pinheiro", Museu de Arte, São Paulo). Dedica-se então a "refazer Poussin d'après nature", isto é, reconstruir a arte dos grandes classicistas, modulando a cor em curtas pinceladas para dar a impressão do volume.

Escreveu nesse tempo que na natureza tudo se pode reduzir ao cilindro, à esfera, ao cone, quer dizer, que a estrutura íntima das coisas pode ser expressa através de formas geométricas simples, em vez de pela visão fugaz dos impressionistas. Sua capacidade de executar uma arte como "coisa mental", fundada em valores despidos de ornamentalismo, ao mesmo tempo que expressa o desenho e a construção rigorosa ("Les Grandes Baigneuses", 1900-1905; grande quadro de mulheres banhistas, "Museum of Fine Arts", Philadelphia), passou a ser reconhecida nas salas que lhe foram dedicadas no "Salon d'Automne" (1904, 1906, 1907), que atrairam a admiração ilimitada de jovens da vanguarda, como Matisse, Braque, Picasso, Lhote e inúmeros outros, dele derivando o Cubismo e o Fauvismo. Cézanne é o verdadeiro fundador da pintura moderna.

Outras referências sobre vida e obra do artista encontram-se em:

sabercultural@sabercultural.com

Pintores

Cézanne, Paul 1 e Cézane, Paul 2.