BIOGRAFIA
 
VIDA
 
Pintor italiano, Domenico Zampieri, dito Il Domenichino, nasceu em Bolonha em 2 de outubro de 1581 e faleceu em Nápoles em 6 de abril de 1641.
 
Estudou com Lodovico Carracci, transferindo-se depois para Roma (1602), onde foi assistente de Annibale Carracci na decoração do Palácio Farnese. Em 1621 foi nomeado arquiteto do Palácio Apostólico pelo Papa Gregório XV e, em 1631, engajou-se nas obras da Catedral de Nápoles, onde trabalhou até a morte.
 
 
OBRA
 
         Entre suas primeiras obras citam-se "Martírio de Santo André" (1608) em San Gregorio, Roma, cujo desenho lembra Rafael; a decoração da Capela de San Nilo na Abadia de Grotaferratta, com a "Vida de São Nilo" (1608-1610), e o "Carro do Sol" (1613-1614) no teto do Palácio Costaguti.
 
        Seu mais belo quadro é a "Última Comunhão de São Jerônimo" (1614), baseado numa pintura do mesmo tema executada por Agostino Carracci em Bolonha. Obra ao mesmo tempo comovente e racional, muito admirada por Poussin, esse quadro, pintado para o altar-mor de San Girolamo della Carità, perde hoje muito em parede de museu (Pinacoteca Vaticana). O quadro foi muito censurado na época, mas depois várias vezes imitado, inclusive por um mestre como Goya,  é considerado uma das mais expressivas obras de arte do mundo.
 
        A segunda fase estilística do pintor, a da plena maturidade, inicia-se com os "Evangelistas", afrescos de Sant'Andrea della Valle, em Roma (1624-1628), de um classicismo severo. Entre suas últimas obras em Roma encontram-se quatro afrescos em San Carlo Al Catinari (1628-1630) e o "Martírio de São Sebastião", hoje em Santa Maria degli Angeli, de estilo menos acadêmico. Outras obras excelentes do pintor são a "Sibila de Cumas", a "Caça de Diana", na Galleria Borghese, e o ciclo sobre a vida de Santa Cecília, em Luigi de'Francesi, em Roma.
 
        Em 1631 Domenichino mudou-se para Nápoles, convidado para decorar a Capela do Tesouro e a Catedral de Nápoles.  Domenichino aí encontrou grande hostilidade dos artistas locais, sobretudo Ribera, o que motivou sua partida dessa cidade em 1634. Mais tarde ele voltou, mas morreu antes de completar seu trabalho na Catedral. Essa sua fase final é a que mais o aproxima do Barroco ("Virgem do Rosário", em Bolonha).
 
        A arte de Domenichino liga-se ao ecletismo das escolas de Roma e Bolonha. Considerado imitador de Rafael até meados do século XIX, só recentemente foi reconhecida sua posição na escola clássica e na história da pintura da paisagem, influenciando Poussin e Claude Lorrain.
 
        Entre os quadros mais valiosos encontram-se "Il guado" (Roma) (Gall. Doria), "La fuga in Egitto" (Paris, Louvre), onde a sintonia com a natureza se expande no vasto cenário de beleza idealizado pelos clássicos, utilizando as normas de um desenho claro e firme para alcançar efeitos pictóricos mais definidos.
 
        Domenichino foi importante em muitas outras áreas além da decoração de afrescos. Ele era um dos mais refinados desenhistas de sua geração e também um excelente retratista. No século XVIII sua reputação era enorme, mas perdeu popularidade no século XIX, junto com outros pintores bolonheses, sob os contundentes ataques de Ruskin.
 
        Domenichino foi, sem dúvida alguma, o mais importante pintor bolonhês do período Clássico do estilo Barroco, pelos afrescos que produziu,  adornando Catedrais e Palácios na Itália, além dos auto-retratos e  da inovação em pinturas paisagísticas.
 
       
       


A Sibyl,  c.1616 - 17


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Adam and Eve, c.1623 - 25


Diana and her Nymphs, c.1616 -17


Landscape with Ford, c. 1603


Madonna and Child with St Petronius and St John the Baptist, 1629
 
 



 
Fundo Musical:
Sonata nº 14, mov. 3
Wolfgang Amadeus Mozart, *1756  +1791
 
Produção e formatação:
Mario Capelluto e Ida Aranha