Ingres - Auto-retrato
aos 24 anos
BIOGRAFIA
VIDA
Pintor francês, Jean-Auguste-Dominique
Ingres, nasceu em Montauban em 29 de outubro de 1780 e morreu em
Paris em 14 de janeiro de 1867. Após um período de aprendizagem em
Toulouse, foi para Paris estudar com Jacques-Louis David. No ateliê de
David já era uma figura isolada, preferindo os temas gregos aos romanos.
Aí pintou "Les députés d'Agamemnon" (1801; "Os
Emissários de Agamenon", École des Beaux-Arts, Paris), que lhe
valeu o prêmio Roma.
OBRA
Retratista infatigável, inicialmente mais
por necessidade do que por gosto, durante toda a sua vida dedicou-se a
pintar principalmente a figura feminina. Em 1804 pintou o retrato do pai e
de seu amigo Gilibert (ambos no Musée Ingres, Montauban) e um
auto-retato (Musée Condé, Chantilly); em 1805, "Monsieur
Rivière", Madame Rivière" e "Mademoiselle Rivière" (todos no
Louvre); e em 1806 o de seu amigo escultor Lorenzo Bartolini (Coleção
particular, Aix-en-Provence) e o magistral retrato de Tertin (Louvre).
Nessa mesma época executou no estilo davidiano "Venus Blessée
par Diomède" (Vênus ferida por Diomedes", Col. Hirsch,
Basiléia).
Na Itália (1806-1824) continuou a pintar retratos: em
1807 "Madame Devauçai" (Musée Bonnat, Bayonne),
"Granet" (Musée Granet, Aix-en-Provence), além de
numerosos esboços a lápis, notáveis pela habilidade e beleza. A primeira
incursão na pintura mitológica foi "Édipo e a Esfinge" (1808),
Louvre.
Em Florença descobriu Rafael: pintou "Paolo et
Francesca" (1816, réplica em 1849). Atraído pelos temas gregos,
"Jupiter et Thetis" (1811, Musée Granet); pintou
numerosos retratos de Napoleão e alegorias napoleônicas.
Em 1824 voltou a Paris para pintar "O voto de Luis
XIII" por encomenda do Estado, cujo sucesso convenceu-o a fixar-se em
Paris. Foi eleito membro do Institut, nomeado professor da
École des Beaux-Arts e abriu um ateliê com numerosos alunos. Em
1827 pintou para o Louvre "L'Apothéose d'Homère". Em 1834 a
crítica atacou seu "Martyre de Saint Symphorien"
(Catedral de Autun); despeitado, partiu para a Itália, aceitando o posto
de Diretor da Academia de França em Roma, onde, de 1835 a 1840, formou
numerosos seguidores em sua doutrina: dar ênfase ao desenho, usar a cor
como acessório da pintura, e não como elemento igual ao desenho,
acrescentar a lição dos grandes mestres à inventiva de cada um, preservar
a pureza da visão, acentuar as linhas e contornos. Dessa época são
"L'Odalisque" (1839; Walters Art Gallery, Baltimore) e
"Stratatonice" (1840; Musée Condé).
Em 1841, de volta a Paris, executou o "Portrait du
Duc d'Orléans" (National Gallery, Londres) e, para
o duque de Luvnes, o grande mural "L'Âge d'Or" ("A Idade de
Ouro", Castelo de Campierre). Nas décadas de 1840 e 1850 produziu
numerosos retratos, e nunca deixou de pintar os admiráveis nus femininos
cujo sensualismo e lirismo o classificam como romântico: "La
Source" (1856; "A Fonte", Louvre), um dos seus quadros mais célebres;
pouco antes de sua morte produziu o "Bain turc" (1859-1863;
Louvre).
INFLUÊNCIA
Foi o maior desenhista de sua época. Em vida foi muito
combatido por Delacroix e os românticos e, depois, meio desprezado. Mas
sua enorme influência estende-se a Puvis de Chavannes, Degas e numerosos
artistas contemporâneos. Incontestada é sua grandeza como retratista.
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Rüdiger
Freeing
Angelica |
The Apotheosis of Homer,
1827 |
1828 - The
entry of the future Charles V into Paris,
1358 |
The Grand
Odalisque |
The
source, 1830 |
Fundo
Musical:
Concerto
Grosso Opus 6, Minuet
George
Frederick Handel, *1685 +1759
Produção
e Formatação:
Mario
Capelluto e Ida Aranha
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