PAUL
GAUGUIN
II
OBRA
Gauguin
apresenta inicialmente influências impressionistas, sobretudo de Pissarro
e Cézanne. Sua arte evolui através de meditações, polêmicas, críticas e
intuições. A partir de 1888 dedica-se à simplificação das formas,
rejeitando o modelado e a perspectiva linear, negligenciando o movimento e
o relevo, criando assim uma pintura inteiramente nova. Em busca dos
valores artísticos perdidos - candura, autenticidade - volta-se para a
arte primitiva, e cobre suas telas de grandes camadas de cor, delineando
as formas em preto. Aparecem também os grandes arabescos. Usa cores puras,
violentas, que aos poucos vão se tornando mais arbitrárias com
relação à natureza, submetendo-se às exigências da composição harmônica. O
primeiro passo dessa evolução pode ser observado no quadro La Vision
après le sermon -1888- Visão depois do sermão, National
Gallery of Scotland, Edinburgh.
Simbolista,
Gauguin afirma que a pintura deve exprimir uma idéia. Em Pont-Aven pinta
Le Christ jaune -1889- O Cristo amarelo, Albright Art
Gallery, Buffalo-. De sua primeira viagem a Taiti traz Vahiné no
tetiare -1891- A Moça com a flor, Ny Carlsberg Glyptothek,
Copenhague-. A partir de 1890 suas formas tornam-se mais arrendondadas,
seu traço mais sinuoso. Em Taiti dedica-se sobretudo ao nu masculino e
feminino, criando figuras majestosas inspiradas na escultura maori.
Da vasta obra de
Gauguin, espalhada pelos museus do mundo inteiro -grande número
encontra-se na Ny Carlsbert Glyptothek em Copenhague- cumpre
citar: Seins aux fleurs rouges -1889- Seios com flores vermelhas,
Metropolitan Museum of Art, New York-; Et l or de leur
corps -1901- E o ouro de seus corpos, Louvre -;
Fenaison -Colheita-; Le Cheval blanc -O Cavalo branco,
Louvre-; Ave Maria -1891; Metropolitan Museum of Art, New York-;
Ta Matete -Mercado, Kunstmuseum, Basiléia-; D où
venon-nous, que sommes-nous, où allons-nous? -1898- De onde vimos, o
que somos, para onde vamos?, Museum of Fine Arts, Boston - grande
alegoria da vida, que coloca em questão toda a existência - ; La
Belle Angèle -A Bela Ângela, Louvre-; Bonjour Monsieur
Gauguin -Bom dia Sr. Gauguin, em Praga-; Femmes de Tahiti
-Mulheres de Taiti, Louvre-; Nevermore -Nunca mais, Courtauld
Institute of Art, Londres-.
Nota:
Detalhes da
sua vida encontram-se em Paul Gauguin 1.
|
Fundo
Musical:
Concerto in G maj
for Flute
Giovanni Battista
Pergolesi, *1710 +1736
Produção e
Formatação:
Mario Capelluto e
Ida Aranha
|