Raphael and the Fornarina, by Jean Auguste Dominique Ingres, 1814 

 Fogg Art Museum, Harvard University, Cambridge .

OBRA

Entre as primeiras obras de Rafael, no estilo do Perugino, mas contendo ritmo próprio, cumpre citar os pequenos quadros "Sonho do cavaleiro" (National Gallery, Londres), a "Madona do livro" (Ermitage, Leningrado) e as "Três Graças", em Chantilly. A influência do mestre umbro predomina ainda no "Casamento da Virgem" (1594; Brera, Milão), obra-prima de harmonia e equilíbrio. O eixo do templo bramantino ao fundo coincide com o centro ideal de uma pirâmide espacial. As figuras juvenis, com suas linhas curvas, dão movimento cadenciado à cena em primeiro plano.

Em Florença Rafael entra em contato com a obra de Leonardo da Vinci e Miguel Ângelo. Assimila sua influência empregando o esfumado de forma muito pessoal na aristocrática "Madona do grão-duque" (1505; Galleria Pitti, Florença) O gesto circular da Virgem continua no manto com capuz num todo de grande harmonia. Na madona conhecida como "A Bela Jardineira" (Louvre), Rafael adota a composição piramidal, inspirada em Leonardo e frei Bartolomeu. A beleza loura e serena dessa Virgém é a a encarnação do ideal estético do Renascimento, que Rafael desenvolve nas suas muitas madonas, nos museus de Berlim, Munique, Budapest, Viena, Lelingrado, Londres, Chantilly e Washington. Suas virgens contemplativas e anjos rosados alcançaram grande popularidade. Pertencem ao mesmo período a "Sagrada Família" (Museu do Prado), o "Retrato da mulher grávida" (Galleria Pitti) e os retratos de Angelo e Maddalena Doni (Galleria Pitti).

Obs.: Outras referências sobre a vida e obra de Rafael encontram-se nas edições 1, 3 e 4.