RAFAEL SANZIO

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Rafael torna-se o pintor da moda. Recebe tantas encomendas que é obrigado a delegar grande parte da execução aos seus alunos. É o caso de "Amor e Psique" (Villa Farnesina). Seus discípulos formam a academia rafaelesca, desenvolvendo seus ideais de harmonia e equilíbrio. Rafael pinta a suave "Madona da Cadeira" (Galleria Pitti) e uma série de retratos: "Júlio II" (Uffizi, Florença), "Mulher com véu" (Pitti) e "Baldasar Castiglione" (Louvre). Cria também dez cartões para as tapeçarias do Vaticano que representam cenas dos Atos dos Apóstolos (Victoria and Albert Museum, Londres). Inspira-se em Miguel Ângelo para pintar "Isaias" (c. 1512; Sant'Agostino, Roma) e as "Sibilas" de Santa Maria della Pace. Sua maior obra desse período e, em geral, sua obra mais famosa, é a "Madona Sistina" (Gemäldegalerie, Dresden). Merecem ainda destaque a "Madona do Peixe" (c. 1514, Prado) e o "Spasimo di Sicilia" (Prado).

Com a morte de Bramante (1514) Rafael é nomeado arquiteto de San Pietro in Vaticano. Substitui o projeto em cruz grega por outro mais calmo, mais simples, em cruz latina. Decora a galeria das loggie com motivos inspirados nas grutas do Esquilino. Em 1517 pinta "Santa Cecília", em Bolonha, e cria os mosaicos para a capela Chigi de Santa Maria del Popolo. Aprofundando seu estudo da Antiguidade, sonha reconstruir a Roma imperial e prepara um trabalho arqueológico sobre as ruínas da capital. Sua pintura ressente a influência da estatuária antiga, aproximando-se do academismo.

Em 1518 Rafael pinta o retrato de Leão X, composição solene de notável unidade plástica. Sua última obra é a "Transfiguração"  (Pinacoteca Vaticana), que representa o ponto final de suas pesquisas de luz, perspectiva e composição. As figuras são agrupadas segundo os cânones clássicos, e a obra contém uma tensão inusitada na arte suave e delicada de Rafael. Seus projetos arquitetônicos incluem ainda o de Sant'Eligio degli Orefici, da capela Chigi (Santa Maria del Popolo), da vila Madama (Roma) e do palácio Pandolfini, em Florença.

Obs.: Outras referências sobre a vida e obra de Rafael encontram-se nas edições 1, 2 e 3.